domingo, 16 de setembro de 2012

Enfrentando a morte e o Luto

Alguém escreveu que as pessoas que amamos podem ser arrancadas de nós muito rapidamente.
O que é o Luto? De acordo com a psicologia, é o processo de adaptação à perda. Quanto mais for o apego ao objeto ou a pessoa, maior será a dificuldade em lidar com essa perda. Nós vivemos o luto todos os dias, quando nós escolhemos entre ir em um lugar ou ficar, já estamos decidindo vivê-lo, pois de alguma forma estaremos perdendo alguma coisa.
Quando vivenciamos o luto pela perda de alguém é natural que sintamos tristeza, e que dure um tempo, (em média até 2 anos) após é indicado um acompanhamento psicológico (terapia da perda), permitindo a suavização do sofrimento. Os eventos mais estressantes da vida humana podem ser a perda de um filho e a viuvez. As pessoas reagem de acordo com sua história de vida, valores, crenças e fé. Talvez o padrão de luto mais comum seja aquele que tem três etapas:
1 – Choque e incredulidade. Esta primeira etapa pode durar várias semanas, especialmente depois de uma morte repentina e inesperada. Imediatamente após uma morte, os sobreviventes muitas vezes sentem-se perdidos e confusos. Reações físicas como: falta de fôlego, aperto no peito ou na garganta, náusea e uma sensação de vazio no abdômem são comuns. À medida que a perda é assimilada, o entorpecimento inicial dá lugar a sentimentos esmagadores de tristeza e choro frequente.
2 – Preocupação com a memória da pessoa morta. Nesta etapa que pode durar seis meses ou mais, o sobrevivente tenta se reconciliar com a morte mas ainda não consegue aceita-la. Os choros continuam, com frequência acompanhados de insônia, fadiga e perda de apetite.
3 – Resolução – A etapa final chega quando a pessoa enlutada renova seu interesse pelas atividades cotidianas. As lembranças da pessoa morta suscitam sentimentos de afeição misturados com tristeza, mais do que dor aguda e saudade. O fato é que diante do luto pelas separações dolorosas a ciência psicológica lança uma proposta:  TER EM MENTE QUE TUDO É TRANSITÓRIO. Se aceitamos a transitoriedade da vida, a resignificação será mais rápida e a ferida irá cicatrizando, ainda que não seja em definitivo, pois como dizia Freud  “Não se consegue vencer o luto, talvez porque seja verdadeiramente um amor inconsciente”, contudo a dor pode ser amenizada.Existem acontecimentos na vida que fogem ao nosso controle e não dependem só de nós como: a doença, a morte e alguns acidentes.
certa vez uma mãe foi até Buda com o filho morto nos braços, pedindo-lhe que lhe restituísse a vida. Ele disse que faria  desde que ela trouxesse alguns grãos de mostarda da casa onde ninguém tivesse morrido. Ela então parte na busca desses grãos, quando pergunta todos dizem que tinham os grãos de mostarda só que ali havia morrido o pai, em outra morrido a mãe, etc, voltando diz à Buda que encontrou os grãos mas que não havia encontrado nenhum lar onde a morte não havia visitado. Pensemos nisso!

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