terça-feira, 18 de setembro de 2012

Cuidar de idosos - evitando o esgotamento -Pais envelhecidos


Cuidar de idosos - evitando o esgotamento
Ele ou ela fica mais fraco(a), você assume, ninguém vê. Tudo que eles não podem mais fazer, você faz... a perda de controle sobre seu corpo frustra e eles tentam exercer controle sobre o seu. Sua vontade é uma ordem...A maioria das pessoas se identifica com eles. "Como vai seu pai?" "Como está sua mãe?", no princípio isso tudo era com o que você se preocupava também.
 Agora você às vezes se pergunta porque ninguém pergunta sobre você...você começa a achar que não existe.
Apesar das compensações emocionais de cuidar de um pai idoso, até o cuidador mais paciente e amoroso pode ficar frustrado, ansioso ou ressentido sob a tensão constante de atender as necessidades aparentemente infindáveis de uma pessoa idosa. o esgotamento do cuidador é a exaustão física, mental e emocional que afeta muitos adultos que cuidam de parentes idosos principalmente se eles não têm outras pessoas à quem recorrer. Muitas vezes as famílias e amigos não reconhecem que os cuidadores têm o direito de se sentirem desencorajados, frustrados e mal tratados. Geralmente esta tarefa acaba ficando com as mulheres, que podem recorrer à ajuda psicoterápica a fim de aliviar sua carga de angústias e culpa. O cuidador pode experimentar um misto de se sentir feliz em poder cuidar do pai ou da mãe e ao mesmo tempo culpado pois há momentos em que precisa fazer suas próprias coisas e as exigências do idoso na grande maioria das vezes muito debilitado acabam fazendo com que ele pense que seria melhor se já fosse morar com Deus, gerando uma culpa. Sentimentos ambivalentes ocupam o cuidador, e algumas mentalizações que ele pode fazer para melhorar seu desempenho e manter pensamentos positivos estão abaixo elencados:
Eu tenho o direito de:
- Cuidar de mim mesmo. Isso não é um ato de egoísmo, e irá me proporcionar a capacidade de melhor cuidar de meu parente.
- Buscar ajuda de outros mesmo que meu parente se oponha. Eu reconheço os limites da minha própria resistência e força.
- Manter partes da minha própria vida que não incluem a pessoa que eu cuido, exatamente como eu o faria se essa pessoa fosse saudável. Sei que faço tudo que eu posso por essa pessoa e tenho o direito de fazer algumas coisas só para mim mesmo.
- Ficar com raiva, deprimido e expressar outros sentimentos difíceis de vez em quando.
- Rejeitar qualquer tentativa por parte de meu parente de me manipular pela culpa, raiva ou depressão.
- Receber meus de meus entes queridos, consideração, afeto, perdão e aceitação pelo que faço, enquanto oferecer essas qualidades em retorno.
- Orgulhar-me do que estou fazendo e aplaudir a coragem que às vezes é necessária para atender às necessidades de meu parente.
- Proteger minha individualidade e meu direito de construir uma vida para mim mesmo que irá me sustentar enquanto meu parente não precisar mais de meu auxílio em tempo integral.
- Acrescente suas próprias declarações de direitos a esta lista.
Leia-a para si mesmo todos os dias.
Bibliografia consultada, Papalia, Diane E

Gravidez na adolescência

Certa vez vi numa campanha antiga de prevenção à gravidez na adolescência,  uma foto de uma menina de mais ou menos doze anos segurando um bebê com uma frase: É como ficar de castigo por dezoito anos.
Parece um apelo bastante forte, mas a gravidez precoce tem ocorrido com maior freqüência. Nossas escolas não oferecem programas especiais de educação sexual e os meios de comunicação de massa não fornecem informações aprofundadas sobre técnicas de contracepção, e mesmo com todas as informações na rede disponíveis ainda há um tabu com relação a assuntos sobre sexo.Ao contrário de algumas críticas, a educação sexual escolar ou comunitária não leva à maior atividade sexual.
Programas realistas de prevenção à gravidez precoce têm dois objetivos: estimular os jovens adolescentes a adiar o intercurso e melhorar o uso de preservativos daqueles que já são sexualmente ativos. Esses programas bem conduzidos incluem educação sobre sexualidade e aquisição de habilidades para a tomada de decisões sexuais e comunicação com parceiros(as). Eles forneceriam informações sobre os riscos e conseqüências da gravidez na adolescência, sobre métodos anticoncepcionais e sobre onde encontrar auxílio médico e contraceptivo.
Os pais são os primeiros e os melhores professores, os adolescentes que mantém um bom diálogo com os pais sobre sexo tendem a esperar mais para ter atividade sexual. A maioria dos pais não dá a seus filhos informações suficientes sobre sexo, e os jovens ainda obtêm grande parte de suas informações (e informações erradas) de amigos. Por exemplo, algumas meninas acreditam erroneamente que não podem ficar grávidas durante sua primeira relação sexual, ou em certas posições, ou em certos períodos do ciclo menstrual.
A mídia exerce influência  poderosa na atitude e comportamento sexual dos adolescentes, mas não é uma influência positiva pois está geralmente associada à diversão, à excitação, ao perigo ou à violência, mas riscos de relações sexuais desprotegidas muito raramente são exibidas, pelo contrário evidenciam nas novelas casais não casados que fazem sexo mais do que os casados e não mencionam os contraceptivos e ninguém parece se preocupar com as DSTs.
 Os programas comunitários podem ajudar os jovens a resistir à pressão dos amigos para que sejam sexualmente mais ativos do que querem ser, podem ensiná-los a dizer não educadamente, e podem oferecer orientação na resolução de problemas. 
O que sem dúvida são argumentos para protelação do sexo na adolescência é o grande risco oferecido pelas DSTs e também a ameaça de que a gravidez irá arruinar as suas vidas. Uma em cada três gestações é precedida por um teste de gravidez negativo, e essas meninas deveriam receber atenção especial de medidas preventivas. Complicações de parto são apenas o início dos problemas que podem acontecer com uma mãe adolescente e seu bebê, além do que elas tendem a ter problemas financeiros, e a gravidez precoce restringe as oportunidades de mãe e filhos.
Além de correr riscos, uma mãe adolescente grávida solteira é bastante vulnerável a um transtorno emocional, independente de como maneje a sua gravidez, ela certamente terá sentimentos conflitantes, justo quando mais precisa de apoio emocional, este pode faltar pois sua família pode ficar zangada, o namorado pode ficar assustado com a idéia de ser pai, e a responsabilidade e cair fora, e ela pode ser isolada do grupo de amigos da escola.
Da mesma forma como uma mãe adolescente suporta o impacto da maternidade precoce, um menino que se sente comprometido com a menina que engravidou tem decisões a tomar, num momento em que seus recursos financeiros podem não existir ou não ter perspectivas. Pode tentar pagar um aborto ou pode casar-se com a menina e afetar drasticamente seus planos educacionais e profissionais. Então também o pai adolescente precisa ter assim como a mãe alguém com quem conversar para ajudá-los a compreender seus sentimentos para que ambos possam tomar as melhores decisões para si mesmos e para o bebê.
Estudos revelaram que adolescentes que têm grandes aspirações para o futuro têm menos probabilidades de ficarem grávidas.
No final das contas, impedir a gravidez de adolescentes exige atenção a fatores como: melhorar a educação de jovens desfavorecidos, ampliar as oportunidades de emprego, sociais e recreativas e reduzir a pobreza.
Como estão ainda muito longe esses dias, cabe aos pais a tarefa  de capacitar seus filhos à "amar bem e trabalhar bem", e ainda diante de uma situação assim, procurar lembrar-se da maneira como os assuntos e erros foram tratados por seus pais quando eram também adolescentes e saberem quais dos seus métodos gostavam ou não gostavam.



Bibliografia consultada
Papalia, Diane E

domingo, 16 de setembro de 2012


Uma vida para seu filho – Pais bons o bastante
É óbvio que a grande maioria dos pais ama seus filhos e não medem esforços para vê-los felizes e saudáveis.
Uma mãe sadia não necessita de conselhos para cuidar de seu filho e a compreensão de suas necessidades a leva instintivamente a dar-lhe carinho, contato e alimento. Nada do que acontece ao bebê – fome, frio, sede, necessidade de contato e de roupa adequada – escapa à compreensão de uma mãe que se sente ligada ao filho por algo tão sutil e firme como o foi o cordão umbilical na vida intra-uterina. Ainda assim, frequentemente, quando a criança chora, a mãe se alarma e sua primeira reação é dar-lhe alimento quando este poderá estar sentindo dores ou cólica e em muitas ocasiões pode estar revivendo uma má experiência e basta apenas a voz afetuosa da mãe, um olhar sorridente, o contato físico com ela, que o embale ou cante para que se acalme.
Importante também que a amamentação seja materna e a ritmo e intervalos regulares oferecendo estabilidade pelo fato do objeto ser sempre o mesmo, em condições semelhantes, se possível sempre no mesmo quarto, na mesma cadeira e postura para que o bebê domine a ansiedade e a mãe não se sinta invadida pela obrigação de alimentar o seu filho, pois se não tem uma hora determinada para começar, nem um intervalo regular de amamentação, durante toda sua vida se verá limitada e não saberá nunca quando poderá dispor de tempo para ela.
O nascimento dos dentes deve ser acompanhado de muita atenção e paciência, pois nessa fase a criança poderá apresentar insônia que poderá agravar ou desaparecer conforme os pais lidam e sentem a respeito.
A retirada das fraldas e ou controle dos esfíncteres não deve ocorrer muito cedo, nem de forma severa a fim de não causar mais adiante possível enurese, sendo também aconselhável quando a criança já disponha do caminhar.
Quando a criança quer começar a caminhar a mãe deve permitir de boa vontade, favorecer e perceber se não está freando ou apurando e ou ainda se limitar a observar e responder ao que ela pedir. O andador é, por exemplo, um substituto da mãe que é melhor que a imobilidade, mas não substituirá nunca os bons braços da mãe que o ajuda a caminhar e se oferecem como uma continuação de si mesmo para suas experiências iniciais no mundo.
As crianças que vão desde muito pequenas ao jardim iniciam a escolaridade em piores condições que os que vão aos quatro ou cinco anos. A não ser que a casa seja muito pequena e o espaço para brincar seja reduzido, do contrário a criança poderá sentir que querem livrar-se dela. A permanência em casa, a participação na atividade diária e dispor de um espaço adequado para brincar livremente são as condições que favorecem o desenvolvimento da criança até os quatro ou cinco anos.
De acordo com o que a criança, na sua fantasia inconsciente está recebendo dos pais estará fortalecendo ou enfraquecendo seu ego, causando transtornos e ou adultos saudáveis emocionalmente. Estas são algumas sugestões encontradas na psicologia que podem proporcionar uma boa vida para os filhos, bem como evitar possíveis culpas nos pais.

ENXERGAR COM OS OLHOS DA ALMA
Estamos sempre perdendo algum evento em nossa vida.
Quer um exemplo real?
Um homem sentou-se em uma estação de metro em Washington DC e começou a tocar violino, era uma fria manhã de Janeiro. Ele tocou seis peças de Bach por aproximadamente 45 minutos. Durante esse tempo, considerando que era horário de pico, calcula-se que 1100 pessoas passaram pela estação, a maioria a caminho para o trabalho. Três minutos se passaram, e um homem de meia-idade percebeu que um músico estava tocando, diminuiu o passo, parou por alguns segundos, e então apressou-se a seus compromissos.
Um minuto depois o violinista recebeu sua primeira gorjeta de um dólar: uma mulher arremessou o dinheiro na caixa e continuou a andar.
Alguns minutos depois, alguém encostou-se na parede para ouvi-lo, mas o homem olhou para seu relógio e voltou a andar. Obviamente ele estava atrasado para o trabalho.
O que prestou mais atenção foi um garoto de três anos de idade. Sua mãe que o levava, apressou-o, mas o garoto parou pra olhar o violinista. Por fim, a mãe puxou-o fortemente, e a criança continuou a andar, virando sua cabeça a toda hora. Essa ação se repetiu com muitas outras crianças. Todos os pais sem exceções, os forçaram a seguir andando.
Nos 45 minutos que o músico tocou apenas seis pessoas pararam e ficaram lá por um tempo. Aproximadamente 20 o deram dinheiro, mas continuaram a andar normalmente. Ele recebeu no final $32 dólares.
Quando acabou de tocar, ninguém percebeu, aplaudiu, tampouco houve algum reconhecimento.
Ninguém sabia disso, mas o violinista era Joshua Bell, um dos mais talentosos músicos do mundo. Ele acabara de tocar umas das peças mais difíceis já compostas, em um violino que valia $3,5 milhões de dólares.
Dois dias antes de ele tocar no metrô, Joshua Bell esgotou os ingressos em um teatro de Boston onde cada poltrona era aproximadamente $100.
Esta é uma história real. Joshua Bell tocou incógnito na estação de metrô, que foi organizado pelo Washington Post como parte de um experimento social sobre percepção, gosto e prioridade das pessoas. O cabeçalho era: Em um ambiente comum em uma hora inapropriada: NÓS PERCEBEMOS A BELEZA? NÓS PARAMOS PARA APRECIÁ-LA? NÓS RECONHECEMOS TALENTO EM UM ONTEXTO INESPERADO?.
Uma das possíveis conclusões desse experimento poderia ser:
SE NÓS NÃO TEMOS TEMPO PARA PARAR E OUVIR UM DOS MELHORES MÚSICOS DO MUNDO TOCANDO ALGUMAS DAS MELHORES MÚSICAS JÁ COMPOSTAS, QUANTAS OUTRAS COISAS MAIS NÃO ESTAMOS PERDENDO? 

Enfrentando a morte e o Luto

Alguém escreveu que as pessoas que amamos podem ser arrancadas de nós muito rapidamente.
O que é o Luto? De acordo com a psicologia, é o processo de adaptação à perda. Quanto mais for o apego ao objeto ou a pessoa, maior será a dificuldade em lidar com essa perda. Nós vivemos o luto todos os dias, quando nós escolhemos entre ir em um lugar ou ficar, já estamos decidindo vivê-lo, pois de alguma forma estaremos perdendo alguma coisa.
Quando vivenciamos o luto pela perda de alguém é natural que sintamos tristeza, e que dure um tempo, (em média até 2 anos) após é indicado um acompanhamento psicológico (terapia da perda), permitindo a suavização do sofrimento. Os eventos mais estressantes da vida humana podem ser a perda de um filho e a viuvez. As pessoas reagem de acordo com sua história de vida, valores, crenças e fé. Talvez o padrão de luto mais comum seja aquele que tem três etapas:
1 – Choque e incredulidade. Esta primeira etapa pode durar várias semanas, especialmente depois de uma morte repentina e inesperada. Imediatamente após uma morte, os sobreviventes muitas vezes sentem-se perdidos e confusos. Reações físicas como: falta de fôlego, aperto no peito ou na garganta, náusea e uma sensação de vazio no abdômem são comuns. À medida que a perda é assimilada, o entorpecimento inicial dá lugar a sentimentos esmagadores de tristeza e choro frequente.
2 – Preocupação com a memória da pessoa morta. Nesta etapa que pode durar seis meses ou mais, o sobrevivente tenta se reconciliar com a morte mas ainda não consegue aceita-la. Os choros continuam, com frequência acompanhados de insônia, fadiga e perda de apetite.
3 – Resolução – A etapa final chega quando a pessoa enlutada renova seu interesse pelas atividades cotidianas. As lembranças da pessoa morta suscitam sentimentos de afeição misturados com tristeza, mais do que dor aguda e saudade. O fato é que diante do luto pelas separações dolorosas a ciência psicológica lança uma proposta:  TER EM MENTE QUE TUDO É TRANSITÓRIO. Se aceitamos a transitoriedade da vida, a resignificação será mais rápida e a ferida irá cicatrizando, ainda que não seja em definitivo, pois como dizia Freud  “Não se consegue vencer o luto, talvez porque seja verdadeiramente um amor inconsciente”, contudo a dor pode ser amenizada.Existem acontecimentos na vida que fogem ao nosso controle e não dependem só de nós como: a doença, a morte e alguns acidentes.
certa vez uma mãe foi até Buda com o filho morto nos braços, pedindo-lhe que lhe restituísse a vida. Ele disse que faria  desde que ela trouxesse alguns grãos de mostarda da casa onde ninguém tivesse morrido. Ela então parte na busca desses grãos, quando pergunta todos dizem que tinham os grãos de mostarda só que ali havia morrido o pai, em outra morrido a mãe, etc, voltando diz à Buda que encontrou os grãos mas que não havia encontrado nenhum lar onde a morte não havia visitado. Pensemos nisso!