Ainda ignorada por muitos e agora
um pouco mais aceita a depressão infantil existe e pode ser diagnosticada se
lhe dermos a devida atenção.
É muito comum ouvirmos a frase:
“Meu filho é hiperativo”, e não é para menos pois nos dias atuais as crianças
sofrem uma pressão muito grande para que cresçam rápido demais. São
pressionadas a tirarem as melhores notas, a competição nos esportes e muitas
vezes realizarem os ideais dos pais. Então temos uma criança hoje denominada:
Apressada.
Antes mesmo que consigam resolver
seus problemas infantis são colocadas diante delas problemas adultos, tanto
pela televisão quanto na vida real.
Elas com pouca idade sabem tudo
sobre sexo, violência e ainda, se os pais são separados, muitas vezes assumem o
papel de pai ou de mãe na casa.
Algumas queixas frequentes entre
as crianças que vão à escola são: “Ninguém me ama”, “ninguém gosta de mim”,
“meus pais não me amam”, “meus amigos não gostam de mim”
,“sou um zero à esquerda”, “estou cansado, cheio”, “não sirvo pra nada”, etc,
mesmo tendo consciência de que são populares.
O episódio depressivo na criança
pode sobrevir após um acontecimento de perda/luto, que aos olhos dos adultos
podem parecer insignificantes: o falecimento dos avós, de um irmão, um amigo,
um dos pais, uma mudança de cidade, de casa, a morte de um animal de estimação,
um colega que muda de cidade.
Esses acontecimentos podem levar
a criança a ficarem mais lentas, com rosto inexpressivo, pouco sorridente
(muitas fezes confundida com “comportada demais”). Podem também aparecer
comportamentos de extrema agitação, euforia: “não consegue ficar no lugar”,
“mexe-se o tempo todo”, “conversa sem parar”, etc.
Pode exprimir dificuldade em
realizar uma tarefa solicitada como desenhar ou pintar e dizem desvalorizando-se
: “Não sei”, “Não consigo”, “Não posso”. Também podem expressar culpa: “a culpa
é minha”.
Algumas crianças expressam a
idéia de morte ou suicídio através de cartinhas em que escreve que não é amada
e vai morrer ou se matar.
A depressão infantil é um
transtorno afetivo ou do humor, que ultrapassa a tristeza temporária normal e
os sintomas além do que já foi descrito acima podem incluir:
Incapacidade para se divertir ou
se concentrar, choro, fadiga, apatia, problemas com o sono, sentimentos de desvalorização,
mudança de peso, queixas de dor no corpo ou pensamentos sobre morrer ou se
matar. Se quatro ou cinco de qualquer um desses sintomas permanecerem por mais
de duas semanas podem indicar uma depressão e a criança necessita receber
auxílio psicológico, para alívio e para que este problema não se prolongue até
a idade adulta.
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